Blog educativo voltado para o ensino de línguas, orientações pedagógicas, acadêmicas e organizacionais

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Como se aprende uma língua?


Quando somos bebês, aprendemos naturalmente a partir dos estímulos dos pais e familiares que nos acompanham. A partir de repetições, apontamentos, uma linguagem mais “infantilizada” e com associações. Assim, nós somos expostos ao processo de aquisição, pois não passando necessariamente pela exposição direta da gramática. Mas sim, internalizamos a gramática pela construção das frases e períodos. Isto pode ocorrer tanto em ambientes monolíngues quanto bilíngues.

Já a aprendizagem de uma segunda ou terceira língua, o que geralmente já vai ocorrer em uma instituição de ensino, seja ela na escola regular ou em um curso de idioma, dependendo da idade, não vai ser da mesma maneira que no ambiente familiar. Na maior parte dos casos, o estudante já é apresentado a alguns tópicos gramaticais e ao vocabulário, que vai aumentando na medida que muda de nível.

Porém, quando somos expostos a outro idioma, o que realmente nos faz aprender é quando entendemos a lógica de como esta língua se organiza. Cada qual com suas particularidades. Por isso que é de fundamental importância termos um bom conhecimento de nosso próprio idioma, isto nos auxiliará bastante.

Quando comparamos o português com o espanhol, como são línguas “irmãs”, pois ambas são originadas do latim, passa-se a impressão de que é muito mais fácil de ser estudada. Neste contexto existem duas repostas: SIM, quando nos referimos ao aspecto lexical, onde diversas palavras se assemelham a nossa língua (até determinado ponto). E NÃO, uma vez que o espanhol passou por influência de outras línguas presentes na Península Ibérica, inclusive o árabe, uma vez que este grupo permaneceu por mais de cinco séculos na região. Além disso, o espanhol apresenta construções de palavras e pronúncia que não existem no português, como o “L” final das palavras e o “D” mudo como em ciudad (que não constrói uma sílaba seguida de uma vogal, como em português. Pequenos detalhes que interferem na pronúncia de diversos falantes do português brasileiro.

No francês, outra língua “irmã” do português, encontramos mais mudanças, uma vez que esta língua também teve influência, principalmente no Norte do país, de anglicismos, inclusive palavras que provem diretamente do alemão. Dois aspectos chamam muito a atenção para ao falarmos este idioma, a construção da forma negativa e a construção dos números. Sem compreender a lógica que cerca estes aspectos, se sempre precisarmos “traduzir” do português para o francês mentalmente ao tentarmos nos comunicar com alguém, será algo frustrante.

A negação de uma frase em francês, de forma geral, é construída por duas partículas que são colocadas no início e no fim do verbo utilizado, por exemplo: je NE parle PAS anglais. (o verbo encontra-se em negrito). Esta estrutura não existe na língua portuguesa. Já nos números, a partir de 70, temos meio que construir uma conta, 60+10 = 70 (soixante-dix), 60+11 = 71 (soixante et onze) e assim por diante. Quando chegamos a 80, a conta para algo semelhante a uma multiplicação, 4X20 = 80 (quatre-vingts), 4X21 = 81 (quatre-vingts-un). Para dizermos 90 o cálculo é semelhante a uma multiplicação, mais uma soma 4X20+10 = 90 (quatre-vingts-dix). Caso o estudante não compreenda como se dá esta formação, irá se confundir muito na hora de compreender e se comunicar utilizando os números.

Em alemão, podemos também falarmos sobre alguns aspectos que auxiliam na aprendizagem deste idioma muitas vezes tão temido por algumas pessoas. Os substantivos são escritos com a inicial maiúscula, como: Tier (animal), Haus (casa). Outro aspecto é que na construção dos números, onde necessitamos ler de maneira invertida a partir de 21 (einundzwanzig – um e vinte – lendo ao pé da letra), 31 (einunddreizing), 41 (einundvierzing) e para anos, invertemos a última dezena, 1987 (eintausendneunhundertsiebenundachtzig).

Nesta perspectiva, para aprendermos uma língua de forma efetiva, devemos compreender a lógica de sua organização. Compreendendo sua estrutura gramatical (para construirmos os períodos) e ampliando o vocabulário (para os diversos contextos comunicativos), além de identificar seus aspectos morfológicos e sintáticos para podermos produzir frases coerentes e coesas.

Ótimas dicas são: ler livros, jornais (o que ainda é a MELHOR maneira de adquirir vocabulário e aprender, de maneira indireta, a gramática do idioma), ver filmes, séries (sejam com ou sem legenda, dependendo do nível do aprendiz), escutar ou acompanhar músicas, audiolivros e podcast (para pegar o ritmo do idioma alvo), tentar se comunicar com alguém que saiba ou esteja aprendendo o mesmo idioma e ter contato todos os dias, ou seja, se expor à língua de diversas maneiras diariamente e não só na aula. Você também deve manter uma rotina de estudos e utilizar materiais especialmente desenvolvidos por profissionais da área para tal finalidade.

Um ponto importantíssimo é que uma língua se aprende SEMPRE, não existe receita miraculosa para aprender um idioma em 24h ou seis meses. A não ser que sejam diálogos básicos em contextos específicos. No entanto, dominar um idioma a fim de desenvolver as quatro habilidades nos diversos contextos comunicativos é necessário de anos e seu aprimoramento é no dia a dia.


			

Estudar por resumo funciona? NÃO


É muito comum, hoje, observar nas redes sociais uma grama de ofertas de resumos prontos, mapas mentais, fichas pedagógicas, trilhas educativas, musiquinhas e tantos outros materiais a fim de “facilitar” a aprendizagem dos conteúdos pelos estudantes. No entanto, estes materiais por si só, já são uma fração do conteúdo que deve ser aprendido, além de não ter sido uma produção própria por parte de quem está adquirindo o material e precisa realmente aprender.

Outro ponto que me chama atenção são as pessoas que vêm produzindo estes conteúdos condensados. Boa parte do que tenho acompanhado, também são estudantes e curiosos, que não possuem uma formação acadêmica. Na verdade, ainda estão tentando entrar em uma universidade, porém acreditam que só o fato de terem feito um “guia” para estudarem, isso por si só também irá “ajudar” outros estudantes. E costumam reduzir demais as regras, conceitos, exemplos, etc. Não deve existir preguiça na hora de estudar. O estudo é uma ação contínua e diária, além de ser algo que demanda tempo para seu aprofundamento e aperfeiçoamento. Desta forma, não existe conteúdo ou assunto que seja aprendido apenas por resumos, mapas ou qualquer outra forma que limite o conteúdo abordado.

É notório que ler algo resumido auxilia a relembrar alguns tópicos, porém, apenas dá uma parcela do que poderia ser realmente aprendido. Desta forma, não procure um caminho mais curto para sua aprendizagem. Caso você realmente queira passar em um ENEM, concurso público ou qualquer outro tipo de seleção, você deve estudar os assuntos de maneira plena, a partir dos livros, com o auxílio de materiais super bem produzidos por profissionais qualificados, como professores e pesquisadores.

Atualmente, já temos diversos materiais complementares, como podcasts, vídeos até mesmo aulas completas disponíveis de maneira gratuita. Basta que o interessado, primeiramente, saiba como buscar estes materiais confiáveis, para assim, estudar e, em segundo lugar, disponibilize tempo, para escutar ou assistir, e, assim, aprender. A associação de diversas fontes de estudos (livros, vídeo, aulas, exercícios, escrevendo, etc) também tem mostrado bons resultados, uma vez que você aprender de diversas maneiras e revisa o mesmo conteúdo em diversas modalidades.

Um aspecto interessante e que tem se mostrado bastante eficiente desde muitos anos é a produção de seus próprios resumos. Uma vez que temos a capacidade de explicar oralmente ou por escrito o que compreendemos, percebemos o que já dominamos, ou o que ainda devemos revisar para que a aprendizagem seja significativa. Quando criamos nossos próprios resumos (não para comercializá-los) também ativamos habilidades que nos ajudam a relembrar com maior facilidade os pontos que lemos, escutamos ou assistimos. Que tal começar a ter responsabilidade pela sua própria aprendizagem?

Com o imediatismo atualmente dos jovens e a pressa em aprender sem ter muito esforço, este mercado vem crescendo e, ao mesmo tempo, iludindo os estudantes que adquirem ou acessam estes materiais. Como profissional que atua há mais de 25 anos na educação, aconselho que a melhor solução para aprender ainda é: ter disponibilidade de tempo, arrumar um lugar adequado e confortável e ler/ouvir/assistir materiais confiáveis e completos. Ademais, reler, formular seus próprios resumos e exercitar. Não existe outra fórmula! Para os que insistem em estudar por “fórmulas prontas e rápidas” deixo aqui minha BOA SORTE!

LEITURA DE TEXTOS MULTIMODAIS: NOVAS PERSPECTIVAS


Na Educação a Distância (EaD) é possível traçar um novo perfil do docente, proporcionando a quebra de paradigmas e novas formas de atividades. Saber manusear as ferramentas tecnológicas e conhecer os usos das tecnologias da informação e comunicação (TICs) farão toda a diferença na prática pedagógica (SILVA, 2009). Pretende-se neste trabalho analisar a importância da formação docente para atuar nesta modalidade. Foram entrevistados 10 profissionais que atuam na EaD a fim de observar sua formação, tempo de atuação, como é desenvolvida sua prática pedagógica, quais recursos tecnológicos são utilizados no ambiente virtual de aprendizagem (AVA), de acordo com Mattar (2011), Moore e Kearsley (2011) e Tornaghi (2005). Constatou-se que mais de 90% dos docentes entrevistados já fizeram ao menos um curso ou treinamento para atuar no EaD e utilizam, no mínimo, dois recursos distintos para desenvolver sua prática pedagógica.

Aprimoramento da pronúncia de língua adicional com o auxílio de recursos multimodais


Você, professor de idiomas, continua utilizando apenas o livro exigido pelo curso/escola para ensinar seus alunos? Se a resposta for sim, é melhor rever seus conceitos. Leia o texto abaixo e reflita sobre sua prática!

Cada idioma possui seu próprio ritmo e formas diferenciadas de pronunciar os fonemas. Este pequeno detalhe pode indicar a origem do aprendiz, pois o falante estrangeiro tem a tendência intuitiva de se apoiar na língua materna como ponto de referência linguístico, e, eventualmente, cometer desvios na produção em língua adicional (FULGÊNCIO e BASTIANETTO, 1998). Há diferenças significativas entre os fonemas da Língua Portuguesa (LP, neste caso a L1) e as Línguas Inglesa, Espanhola e Francesa, que podem ser superados ao longo do aprofundamento do estudo da língua alvo. Isto é decorrente da diferença existente entre o ritmo de cada idioma (SILVA JÚNIOR, 2015). Por haver pouco material para o ensino de aspectos prosódicos das referidas línguas, cabe ao professor dedicar mais atenção e propor atividades ligadas à fonologia e fonética como forma de superar as dificuldades encontradas pelos estudantes falantes de português brasileiro (ROQUE et al, 2004). Para diminuir este problema é necessário que o professor saiba desenvolver atividades de descrição e análise, discriminação auditiva, práticas controlada, direcionada e comunicativa, além de feedback (CELCE-MURCIA, BRINTON e GOODWIN, 2002). Os estudos de McGurk e MacDonald (1976) já revelavam a importância da junção de mais de um canal sensorial para a percepção da fala, uma vez que a natureza da fala é de percepção multimodal.

Não deixe que seus alunos pensem que são incapazes de aprende uma língua estrangeira, desenvolva materiais personalizados a fim de auxiliá-los a aprender/aprimorar a pronúncia dos fonemas da língua alvo com a utilização de imagens, cores, recursos audiovisuais e muito mais.

Aprendizagem de idiomas: algumas considerações.


É impressionante como algumas pessoas buscam aprender uma língua com apenas alguns meses de antecedência para viajar. Uma língua não se aprende do dia para a noite, mesmo que o aluno seja extremamente dedicado.

É engraçado ouvir uma pessoa dizendo “eu só quero aprender a falar”, como se o processo de aprendizagem de uma língua não necessitasse de leituras ou atividades para a fixação da estrutura do outro idioma. Para falar é fundamental ter vocabulário, o que se adquire a partir leituras e diversas formas de exposição à língua alvo, é o que se conhece como input. Para falarmos temos que ter “palavras” suficientes para dizermos o que queremos.

Para se aprender e usar um idioma efetivamente é necessário ter contato com a língua alvo por um determinado período de tempo, até você se familiarizar com sua estrutura e características. Ganhar fluência e automatizar suas respostas, tudo isso leva tempo, contato e estudo diário.

Cada indivíduo possui um ritmo diferente, desta forma, cada pessoa aprender com passos distintos, além de possuir formas de aprendizagens também distintas: alguns aprendem mais fazendo leituras, ouvindo ou escrevendo. É necessário acostumar os ouvidos, compreender o que a outra pessoa está expressando. Desta forma, não basta decorar algumas frases para viajar, é necessário também compreender o que o outro fala. Caso contrário, você não irá estabelecer uma comunicação significativa com seu interlocutor.

Abuse dos recursos disponíveis atualmente, como filmes no idioma original e/ou legendados, aplicativos, podcasts, jornais online, entrevistas e tantos outros recursos multimidiáticos que também auxiliar a fim de se dominar outro idioma. Não espere apenas pelo seu professor, tenha uma postura mais dinâmica e ativa. Caso contrário, todo o seu investimento de tempo e dinheiro não valerá a pena. Afinal, uma língua se aprende vivenciando-a e não apenas em uma sala de aula.

Metodologias Ativas – flipped classroom


O ensino tradicional caracteriza-se pela transmissão do conteúdo pelo professor, tornando o aluno um sujeito passivo. Com a utilização das metodologias ativas, esta visão muda de maneira significativa. Neste caso, o professor deve ser reflexivo e crítico, assumindo uma postura de pesquisador, esta metodologia busca provocar, desafiar ou ainda promover as condições de construir, refletir, compreender e transformar o indivíduo (DIESEL, BALDEZ, MARTINS, 2017).

Neste tipo de metodologia o aluno é visto como o responsável pelo desenvolvimento de sua aprendizagem, tornando-se o centro do processo (MORAN, 2015).

As metodologias ativas surgiram como resposta para a necessidade de novas rotas e metodologias de ensino para que rompessem com a forma monótona e passiva de ensino clássico. Esta se propõe a situar o aluno no papel principal, protagonista de sua aprendizagem, transladando a perspectiva do docente (ensinagem) para o estudante (aprendizagem) (DIESEL; BALDEZ; MARTINS, 2017).

sala de aula invertida

Meu trabalho com o flipped classroom tem se mostrado algo desafiador uma vez que, se os próprios professores não estão acostumados a mudar sua forma de trabalho em sala, os estudantes também não estão acostumados a serem protagonistas de seu processo de aprendizagem.

Existe uma necessidade de mudança de paradigmas tanto pelos docentes, quanto pelos discentes. Quando observamos que mais de 50% dos alunos ainda esperam atividades escritas no quadro ou entregue em fichas e não buscam as respostas anteriormente, nem estudam com antecedência o que lhes é pedido, ainda estamos trabalhando em um contexto imposto desde a primeira Revolução Industrial, quando o mais importante era que o aluno cumprisse os horários, seguissem regras e não desenvolvessem seu lado crítico e reflexivo. Vivemos em um ambiente escolar há anos ultrapassado, embora estejamos em um contexto sócio-cultural e político extremamente diferente.

Referências

DIESEL, A.; BALDEZ, A.L.S.; MARTINS, S.N. Os princípios das metodologias ativas de ensino: uma abordagem teórica. Revista Thema, Pelotas, v. 14, n. 1, p. 268-288, 2017. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.15536/thema.14.2017.268-288.404&gt; Acesso em 15 ago. 2019.

MORÁN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. Coleção Mídias Contemporâneas. Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens, v. 2, p. 15-33, 2015.

Literatura e adaptações intersemióticas


Mais um trabalho (minicurso) apresentado, com a companhia de um grande amigo, intitulado: literatura e adaptações intersemióticas – novas propostas para o ensino de literatura em sala. Deixo uma foto como lembrança e o resumo para que possam ter um gostinho deste grande momento que ocorreu na UFMA no I Congresso Nacional de Linguística Aplicada.

Boa leitura – Resumo – Literatura e adaptações intersemióticas

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Os dias da semana


Os dias da semana em espanhol, italiano e francês têm a mesma origem. Com exceção de Domingo, eles derivam de nomes de planetas, ou de nomes de alguns deuses de origem pagã.

Domínicus – vem do latim, que significa o “Dia do Senhor” e deu origem ao nome domingo (domingo, domenica, dimanche).

Lunae – “o dia da Lua” deu origem à segunda-feira (lunes, lunedì, lundi).

Martes – “o dia de Martes” deu origem à terça-feira (martes, martedì, mardi).

Mercurii – é “o dia de Mercúrio” ou o deus do comércio ou dos viajantes, dando origem à quarta-feira (miércoles, mercoledì, mercredi).

Jovis – “o dia de Júpiter”, originando-se quinta-feira (jueves, giovedì, jeudi).

Veneris – “dia de Vênus” ou a deusa da beleza e do amor, dando origem à sexta-feira (viernes, venerdì, vendredi).

Sabbatum – “o dia de Saturno”, que deu origem ao sábado ou do hebraico Shabbath, o dia de descanso (sabado, sabato, samedi).

Por influência do cristianismo, levando em consideração o Domingo como o primeiro dia da semana, a Língua Portuguesa mudou o nome dos astros para números (Lua – segunda, Mate – terça e assim sucessivamente) e acrescentou o termo “feira” indicando a ordem dos dias. Há versões distintas sobre a verdadeira origem e o acréscimo deste termo.

Já no inglês e no alemão, percebemos que alguns dias da semana veem de outra derivação ou se referem a palavras do inglês arcaico ou a alguns deuses nórdicos, porém alguns também indicam que são originárias das expressões latinas vistas anteriormente.

Sunnandaeg – palavra originária do Inglês Arcaico, que significa “dia do Sol”, astro adorado pelos romanos antigos, deu origem ao domingo (Sunday, Sonntag).

Monandaeg – palavra originária do Inglês Arcaico, que também significa “dia da Lua”, é uma tradução da expressão latina Dies Lunae (Monday, Montag).

Tiwesdaeg – palavra originária do Inglês Arcaico, que significa o “dia de Tiw”, um deus da guerra e da glória na mitologia norueguesa e no paganismo germânico ou a expressão latina Dies Martis. Sua forma primitiva está baseada na expressão Diens-tag (Tuesday, Dienstag)

Wodnesdaeg – palavra originária do Inglês Arcaico, que significa “dia do deus Woden”, o deus mais alto da mitologia norueguesa, deus dos Anglo-Saxões e outros povos na Inglaterra até o século XVII ou a expressão latina Dies Mercurii. Já em alemão, este dia da semana está relacionado à locução “mitte der woche”, que significa, de maneira literal, “o meio da semana”, (Wednesday, Mittwoch).

Punresdaeg – palavra originária do Inglês Arcaico, que significa “dia de Punor”, conhecido como Thor no Inglês Moderno, o deus dos trovões na mitologia norueguesa e no paganismo germânico (Thursday, Donnerstag).

Frigedaeg – palavra originária do Inglês Arcaico, que significa “dia de Fige” a deusa germânica da beleza e da fertilidade, equivalente à Vênus da mitologia romana, também se refere à expressão latina Dies Veneris (Friday, Freitag).

Saeturnesdaeg – vem do latim Dies Saturni “dia de Saturno” único dia que vem da origem latina, referente ao deus da agricultura (Saturday, Samstag).

Atenção:

A maioria dos calendários nos Estado Unidos e Canadá marcam o Domingo (Sunday) como o primeiro dia da semana, embora no Reino Unido, Irlanda, Austrália, África do Sul e América do Sul, o primeiro dia da semana é a Segunda-Feira (Monday), como nos países de língua latina.

Os dias da semana

Domingo

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

Sábado

Los días de la semana

Domingo

Lunes Martes Miércoles Jueves Viernes

Sabado

I giorni della settimana

Domenica

Lunedì Martedì Mercoledì Giovedì Venerdì

Sabato

Les jour de la semaine

Dimanche

Lundi Mardi Mercredi Jeudi Vendredi

Samedi

Days of the week

Sunday

Monday Tuesday Wednesday Thursday Friday Saturday

Die Wochentage

Sonntag Montag Dienstag Mittwoch Donnerstag Freitg

Samstag

 

Dias da semana em LIBRAS

Dias da semana LIBRAS

 

O termo “semana” ou “dias da semana” pode ser expresso com a mão configurada na letra “Q”, a mesma configuração do número “7”, com a mão deitada, em frente ao corpo, movendo-se do lado esquerdo para o direito mais ou menos na altura do peito.

Dias da semana completo LIBRAS

Domingo – com a mão configurada com a letra “D”, em frente ao rosto, faz-se movimentos circulares da direita para a esquerda.

Segunda-feira – configurando a mão com o número “2”, posicione-a lateralmente na testa, bate-se levemente duas vezes com o dedo indicador na cabeça.

Terça-feira – configurando a mão com o número “3”, posicione-a lateralmente na testa, bate-se levemente duas vezes com o dedo indicador na cabeça.

Quarta-feira – configurando a mão com o número “4”, posicione-a lateralmente na testa, bate-se levemente duas vezes com o dedo indicador na cabeça.

Quinta-feira – configurando a mão com o número “5”, posicione-a lateralmente na testa, bate-se levemente duas vezes com o dedo indicador na cabeça.

Sexta-feira – configurando a mão “em forma de gancho”, ou no sinal de peixe, posiciona-se a mão no lado direito do queixo, movimentando levemente por duas vezes.

Sábado – com a mão fechada ou com a configuração de “laranja”, coloca-se a mão diante da boca, abre-a e feche-a levemente por duas vezes.

Como se aprende outra língua?


Resultado de imagem para aprender idioma

Aprender outra língua requer dedicação nos estudos e contato diário, da mesma forma que acontece com nossa língua materna. Cada idioma possui sua especificidade, isto significa que cada uma possui uma maneira diferente de pronunciar as palavras, apresentando entonação e ritmo distintos. Quando iniciamos a estudar o idioma alvo, estamos supermotivados, porém, com o tempo, aparentemente a motivação diminui, outros compromissos surgem e parece que não estamos mais aprendendo na mesma velocidade que antes.

Na verdade, inicialmente somos expostos a uma enorme quantidade de palavras para começarmos a nos comunicar. Ao longo do curso, à proporção que ampliamos nosso vocabulário, temos a impressão de que não aprendemos mais novas palavras, as aulas parecem ficar repetitivas e a gramática começa a “complicar”. A gramática vai se aprofundando à medida que nos aprimoramos e adquirimos prática e fluência, é imprescindível que aprendamos novas construções e utilizemos palavras mais adequadas ao contexto comunicativo.

Com o tempo, você começa a identificar sons, palavras e compreender alguns diálogos em filmes ou músicas. Não pensa mais na frase que se vai falar ou formula previamente o que dizer, o diálogo surge mecanicamente, de maneira automática. Neste ponto seu cérebro já está “funcionando” na outra língua.

Geralmente é neste nível de aprendizagem, na construção desta “automação”, que muitos desistem de continuar estudando! Aprender uma língua requer tempo e dedicação. Não há um período específico para se aprender! Cursos de línguas ou aulas particulares de idiomas deveriam oferecer uma base que proporcione a você uma autonomia para estudar sozinho e aprender constantemente.

Outro ponto importante é o fato de muitos só terem contato com o idioma durante as aulas e não estudarem em outro lugar. A aprendizagem acontece exatamente quanto relemos, revisamos, respondemos as atividades do livro ou buscamos outras fontes de estudo mais prazerosas, como músicas, filmes, textos ou qualquer material que nos ponha em contato com o idioma foco.

Desta forma, existem algumas palavras que você precisa ter em mente antes de começar esta empreitada e, principalmente, rotular-se como uma pessoa que não consegue aprender outra língua: DEDICAÇÃO, PERSEVERANÇA, AUTONOMIA e CONTATO.

Consicência Fonológica


Várias atividades podem ser desenvolvidas, ainda com estudantes bem jovens, para desenvolver a consciência fonológica deles, e desta forma, diminuir problemas com pronúncia, ortografia e escrita de modo geral. É importante salientar que independente da idade de seus aprendizes, você pode desenvolver estas atividades em sala. Este trabalho foi desenvolvido após pequisas feitas durante as aulas que tivemos no Mestrado e apresentado em uma Universidade no interior de Pernambuco. No link apresentacao-consciencia-fonologica, você poderá ver algumas ideias de atividades lúdicas de como trabalhar a consciência fonológica de seus alunos, independente do idioma, e também, a partir delas, criar as suas; adequando-as as necessidades de seus estudantes e de onde você trabalha. Aproveite, não se importe em pergunte e interagir: é assim que aprendemos.