Blog educativo voltado para o ensino de línguas, orientações pedagógicas, acadêmicas e organizacionais


É muito comum, hoje, observar nas redes sociais uma grama de ofertas de resumos prontos, mapas mentais, fichas pedagógicas, trilhas educativas, musiquinhas e tantos outros materiais a fim de “facilitar” a aprendizagem dos conteúdos pelos estudantes. No entanto, estes materiais por si só, já são uma fração do conteúdo que deve ser aprendido, além de não ter sido uma produção própria por parte de quem está adquirindo o material e precisa realmente aprender.

Outro ponto que me chama atenção são as pessoas que vêm produzindo estes conteúdos condensados. Boa parte do que tenho acompanhado, também são estudantes e curiosos, que não possuem uma formação acadêmica. Na verdade, ainda estão tentando entrar em uma universidade, porém acreditam que só o fato de terem feito um “guia” para estudarem, isso por si só também irá “ajudar” outros estudantes. E costumam reduzir demais as regras, conceitos, exemplos, etc. Não deve existir preguiça na hora de estudar. O estudo é uma ação contínua e diária, além de ser algo que demanda tempo para seu aprofundamento e aperfeiçoamento. Desta forma, não existe conteúdo ou assunto que seja aprendido apenas por resumos, mapas ou qualquer outra forma que limite o conteúdo abordado.

É notório que ler algo resumido auxilia a relembrar alguns tópicos, porém, apenas dá uma parcela do que poderia ser realmente aprendido. Desta forma, não procure um caminho mais curto para sua aprendizagem. Caso você realmente queira passar em um ENEM, concurso público ou qualquer outro tipo de seleção, você deve estudar os assuntos de maneira plena, a partir dos livros, com o auxílio de materiais super bem produzidos por profissionais qualificados, como professores e pesquisadores.

Atualmente, já temos diversos materiais complementares, como podcasts, vídeos até mesmo aulas completas disponíveis de maneira gratuita. Basta que o interessado, primeiramente, saiba como buscar estes materiais confiáveis, para assim, estudar e, em segundo lugar, disponibilize tempo, para escutar ou assistir, e, assim, aprender. A associação de diversas fontes de estudos (livros, vídeo, aulas, exercícios, escrevendo, etc) também tem mostrado bons resultados, uma vez que você aprender de diversas maneiras e revisa o mesmo conteúdo em diversas modalidades.

Um aspecto interessante e que tem se mostrado bastante eficiente desde muitos anos é a produção de seus próprios resumos. Uma vez que temos a capacidade de explicar oralmente ou por escrito o que compreendemos, percebemos o que já dominamos, ou o que ainda devemos revisar para que a aprendizagem seja significativa. Quando criamos nossos próprios resumos (não para comercializá-los) também ativamos habilidades que nos ajudam a relembrar com maior facilidade os pontos que lemos, escutamos ou assistimos. Que tal começar a ter responsabilidade pela sua própria aprendizagem?

Com o imediatismo atualmente dos jovens e a pressa em aprender sem ter muito esforço, este mercado vem crescendo e, ao mesmo tempo, iludindo os estudantes que adquirem ou acessam estes materiais. Como profissional que atua há mais de 25 anos na educação, aconselho que a melhor solução para aprender ainda é: ter disponibilidade de tempo, arrumar um lugar adequado e confortável e ler/ouvir/assistir materiais confiáveis e completos. Ademais, reler, formular seus próprios resumos e exercitar. Não existe outra fórmula! Para os que insistem em estudar por “fórmulas prontas e rápidas” deixo aqui minha BOA SORTE!

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.