Aprimoramento da pronúncia de língua adicional com o auxílio de recursos multimodais
Você, professor de idiomas, continua utilizando apenas o livro exigido pelo curso/escola para ensinar seus alunos? Se a resposta for sim, é melhor rever seus conceitos. Leia o texto abaixo e reflita sobre sua prática!
Cada idioma possui seu próprio ritmo e formas diferenciadas de pronunciar os fonemas. Este pequeno detalhe pode indicar a origem do aprendiz, pois o falante estrangeiro tem a tendência intuitiva de se apoiar na língua materna como ponto de referência linguístico, e, eventualmente, cometer desvios na produção em língua adicional (FULGÊNCIO e BASTIANETTO, 1998). Há diferenças significativas entre os fonemas da Língua Portuguesa (LP, neste caso a L1) e as Línguas Inglesa, Espanhola e Francesa, que podem ser superados ao longo do aprofundamento do estudo da língua alvo. Isto é decorrente da diferença existente entre o ritmo de cada idioma (SILVA JÚNIOR, 2015). Por haver pouco material para o ensino de aspectos prosódicos das referidas línguas, cabe ao professor dedicar mais atenção e propor atividades ligadas à fonologia e fonética como forma de superar as dificuldades encontradas pelos estudantes falantes de português brasileiro (ROQUE et al, 2004). Para diminuir este problema é necessário que o professor saiba desenvolver atividades de descrição e análise, discriminação auditiva, práticas controlada, direcionada e comunicativa, além de feedback (CELCE-MURCIA, BRINTON e GOODWIN, 2002). Os estudos de McGurk e MacDonald (1976) já revelavam a importância da junção de mais de um canal sensorial para a percepção da fala, uma vez que a natureza da fala é de percepção multimodal.
Não deixe que seus alunos pensem que são incapazes de aprende uma língua estrangeira, desenvolva materiais personalizados a fim de auxiliá-los a aprender/aprimorar a pronúncia dos fonemas da língua alvo com a utilização de imagens, cores, recursos audiovisuais e muito mais.